quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
ERRATA!
Errata Feita!
Jornada Mundial da Juventude 2014- Brasil - Vídeo de candidatura do Rio ...
Video da Candidatura oficial do Rio de Janeiro
<iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/5QGbNpeoD58" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
JMJ 2014
<iframe title="YouTube video player" width="640" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/nFQvboqacQ4" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
De Bento XVI para o Jovens!
YouCat, um catecismo para jovens
Queridos jovens amigos! Hoje aconselho-vos a leitura de um livro extraordinário.É extraordinário pelo seu conteúdo mas também pelo modo em que se formou, que desejo explicar-vos brevemente, para que se possa compreender a sua particularidade. Youcat teve origem, por assim dizer, de outra obra que remonta aos anos 80. Era um período difícil para a Igreja e para a sociedade mundial, durante o qual surgiu a necessidade de novas orientações para encontrar o caminho rumo ao futuro. Após o Concílio Vaticano II (1962-1965) e no mudado clima cultural, muitas pessoas já não sabiam correctamente no que os cristãos deveriam acreditar exactamente, o que a Igreja ensinava, se ela podia ensinar algo tout court e como tudo isto podia adaptar-se ao novo clima cultural.
O Cristianismo como tal não está superado? Pode-se ainda hoje racionalmente ser crente? Estas são as questões que muitos cristãos se formulam até nos nossos dias. O Papa João Paulo II optou então por uma decisão audaz: deliberou que os bispos do mundo inteiro escrevessem um livro com o qual responder a estas perguntas.
Ele confiou-me a tarefa de coordenar o trabalho dos bispos e de vigiar a fim de que das suas contribuições nascesse um livro - quero dizer, um livro verdadeiro e não uma simples justaposição de uma multiplicidade de textos. Este livro devia ter o título tradicional de Catecismo da Igreja Católica e todavia ser algo absolutamente estimulante e novo; devia mostrar no que a Igreja Católica crê hoje e de que maneira se pode acreditar de modo racional. Assustei-me com esta tarefa e devo confessar que duvidei que algo semelhante pudesse ter bom êxito. Como podia acontecer que autores espalhados pelo mundo pudessem produzir um livro legível?
Como podiam homens que vivem em continentes diversos, e não só sob o ponto de vista geográfico, mas inclusive intelectual e cultural, produzir um texto dotado de uma unidade interna e compreensível em todos os continentes?
A isto acrescentava-se o facto de que os bispos deviam escrever não simplesmente como autores individuais, mas em representação dos seus irmãos e das suas Igrejas locais.
Devo confessar que até hoje me parece um milagre o facto de que este projecto no final se realizou. Encontrámo-nos três ou quatro vezes por ano por uma semana e debatemos apaixonadamente sobre cada parte do texto, na medida em que se desenvolvia.
Como primeira atitude definimos a estrutura do livro: devia ser simples, para que cada grupo de autores pudesse receber uma tarefa clara e não forçar as suas afirmações num sistema complicado. É a mesma estrutura deste livro; ela é tirada simplesmente de uma experiência catequética de um século: o que cremos / de que modo celebramos os mistérios cristãos / de que maneira temos a vida em Cristo / de que forma devemos rezar. Não quero explicar aqui o modo como debatemos sobre a grande quantidade de questões, até chegar a compor um livro verdadeiro. Numa obra deste género são muitos os pontos discutíveis: tudo o que os homens fazem é insuficiente e pode ser melhorado, e não obstante, trata-se de um grande livro, um sinal de unidade na diversidade. A partir das muitas vozes pôde-se formar um coro porque tínhamos a comum partitura da fé, que a Igreja nos transmitiu desde os apostólos, através dos séculos até hoje.
Por que tudo isto?
Desde a redacção do CIC, tivemos que constatar que não só os continentes e as culturas das suas populações são diferentes, mas também no âmbito de cada sociedade existem diversos "continentes": o trabalhador tem uma mentalidade diferente do camponês; um físico de um filólogo; um empresário de um jornalista, um jovem de um idoso. Por este motivo, na linguagem e no pensamento, tivemos que nos colocar acima de todas estas diferenças e, por assim dizer, buscar um espaço comum entre os diferentes universos mentais; com isto tornamo-nos cada vez mais conscientes do modo como o texto exigia algumas "traduções" nos diversos mundos, para poder alcançar as pessoas com as suas mentalidades diferentes e várias problemáticas. Desde então, nas jornadas mundiais da juventude (Roma, Toronto, Colónia, Sydney) reuniram-se jovens de todo o mundo que querem acreditar, que estão em busca de Deus, que amam Cristo e desejam caminhos comuns. Neste contexto perguntámo-nos se não deveríamos traduzir o Catecismo da Igreja Católica na língua dos jovens e fazer penetrar as suas palavras no seu mundo. Naturalmente, também entre os jovens de hoje existem muitas diferenças; assim, sob a comprovada guia do arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, formou-se um Youcat para os jovens. Espero que muitos se deixem cativar por este livro.
Algumas pessoas dizem-me que o catecismo não interessa à juventude moderna; mas não acredito nesta afirmação e estou certo de que tenho razão. A juventude não é tão superficial como é acusada de o ser; os jovens querem saber deveras no que consiste a vida. Um romance policial é empolgante porque nos envolve no destino de outras pessoas, mas que poderia ser também o nosso; este livro é cativante porque nos fala do nosso próprio destino e portanto refere-se de perto a cada um de nós.
Por isso, exorto-vos: estudai o catecismo! Estes são os meus votos de coração.
Este subsídio ao catecismo não vos adula; não oferece fáceis soluções; exige uma nova vida da vossa parte; apresenta-vos a mensagem do Evangelho como a "pérola de grande valor" (Mt 13, 45) pela qual é preciso dar tudo. Portanto, peço-vos: estudai o catecismo com paixão e perseverança! Sacrificai o vosso tempo por ele! Estudai-o no silêncio do vosso quarto, lede-o em dois, se sois amigos, formai grupos e redes de estudo, trocai ideias na internet. Permanecei de qualquer modo em diálogo sobre a vossa fé!
Deveis conhecer aquilo em que credes; deveis conhecer a vossa fé com a mesma exactidão com a qual um perito de informática conhece o sistema operativo de um computador; deveis conhecê-la como um músico conhece a sua peça; sim, deveis ser muito mais profundamente radicados na fé do que a geração dos vossos pais, para poder resistir com força e decisão aos desafios e às tentações deste tempo. Tendes necessidade da ajuda divina, se a vossa fé não quiser esgotar-se como uma gota de orvalho ao sol, se não quiserdes ceder às tentações do consumismo, se não quiserdes que o vosso amor afogue na pornografia, se não quiserdes trair os débeis e as vítimas de abusos e violência.
Se vos dedicardes com paixão ao estudo do catecismo, gostaria de vos dar ainda um último conselho: sabei todos de que modo a comunidade dos fiéis recentemente foi ferida por ataques do mal, pela penetração do pecado no seu interior, aliás, no coração da Igreja. Não tomeis isto como pretexto para fugir da presença de Deus; vós próprios sois o corpo de Cristo, a Igreja! Levai o fogo intacto do vosso amor a esta Igreja todas as vezes que os homens obscurecerem o seu rosto. "Sede diligentes, sem fraqueza, fervorosos de espírito, dedicados ao serviço do Senhor" (Rm 12, 11).
Quando Israel se encontrava no ponto mais obscuro da sua história, Deus chamou em seu socorro não os grandes e as pessoas estimadas, mas um jovem de nome Jeremias; ele sentiu-se chamado a uma missão demasiado grande: "Ah! Senhor Javé, não sou um orador, porque sou ainda muito novo!" (Jr 1, 6). Mas Deus replicou: "Não digas: sou ainda muito novo - porquanto irás aonde Eu te enviar, e dirás o que Eu te mandar" (Jr 1, 7).
Abençoo-vos e rezo cada dia por todos vós.
BENTO PP. XVI
Retirado de http://www.madrid11.com/pt/caminho/textos-do-santo-padre/480-youcat em 21/02/11
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
O Papa já tem a mochila da JMJ
A mochila, como tem sido feito nas Jornadas precedentes, será entregue a todos os participantes que se inscrevam. Nela encontrarão um terço, o livro do peregrino, o guia da JMJ, o YouCat – catecismo adaptado para os jovens adultos -, um passe que permitirá as deslocações nos transportes públicos da cidade, um chapéu e um leque.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Logo da JMJ 2011
O significado da Logo da JMJ 2011 – Madri
João Paulo II, nosso padroeiro!
Reunião!
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Divulgada a agenda do Papa na JMJ
JMJ: Divulgada agenda da visita de Bento XVI à Espanha
Inclui portadores de deficiência, voluntários, religiosas, seminaristas e docentes universitários
Dom César Franco, coordenador geral da JMJ e bispo auxiliar de Madri, agradeceu a Bento XVI porque "generosamente aceitou todas as nossas propostas de encontros em que os jovens vão participar".
O Papa se reunirá com jovens professores universitários no Mosteiro de El Escorial. É comum que Bento XVI se reúna com representantes do mundo acadêmico em suas visitas pastorais, mas a primeira vez que ele faz isso no contexto da Jornada Mundial da Juventude.
Carla Diez de Rivera, diretora do Departamento de Cultura da JMJ, observou que "este encontro mostra uma predileção do Papa pelo âmbito universitário e da cultura, como ficou claro com eventos semelhantes na Alemanha, França e Inglaterra".
Além disso, também visitará a Fundación Instituto San José, um centro fundado em 1899, que trata de pessoas com deficiência mental e física e é atendido pelos Irmãos de São João de Deus.
O Papa se reunirá, nos momentos prévios à celebração da Vigília de Cuatro Vientos, com uma representação dos portadores de deficiência participantes da JMJ, assim como com os residentes do centro.
A Ordem Hospitaleira de São João de Deus está presente em cinco continentes, com cerca de 320 centros, cobrindo uma vasta gama de atividades de assistência.
María José González-Iglesias, coordenadora da Seção de Deficiência da JMJ, agradeceu Bento XVI por querer encontrar-se com esses jovens, sublinhando que "é um gesto muito bonito do Santo Padre para com as pessoas com deficiência".
O Papa também se encontrará com seminaristas e religiosas. Para os primeiros, celebrará uma Missa na Catedral de Almudena. O encontro com as jovens religiosas será realizado no Patio de los Reyes, do Mosteiro de El Escorial.
Para terminar a sua viagem à Espanha, o Bispo de Roma se reunirá com voluntários da Jornada Mundial da Juventude, do recinto de feiras IFEMA, para agradecer a todos aqueles que ofereceram apoio desinteressado à organização da JMJ.
Os atos complementares divulgados na quarta-feira estão integrados com os principais eventos da JMJ.
Na quinta-feira, 18 de agosto, dia da chegada de Bento XVI à cidade, haverá um evento de boas-vindas, com jovens do mundo inteiro, na Plaza Cibeles.
Na noite da sexta-feira, a Via Sacra da JMJ - com 14 esculturas de grande valor artístico e devocional, provenientes de diferentes partes do país - será realizada no Paseo de Recoletos, entre a Plaza Cibeles e Colón.
No sábado e no domingo, serão realizados os eventos para os quais se espera o maior número de participantes.
A vigília dos jovens, no sábado, e a Missa, no domingo, acontecerão no aeródromo de Cuatro Vientos, no sudoeste da cidade, a 8 quilômetros do centro de Madri. As instalações do histórico aeródromo já sediaram, em 2003, o encontro do Papa João Paulo II com jovens espanhóis, em sua última visita à Espanha.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Textos preparatórios
VIAGEM APOSTÓLICA
DE SUA SANTIDADE BENTO XVI
AO BRASIL POR OCASIÃO DA V CONFERÊNCIA GERAL
DO EPISCOPADO DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE
ENCONTRO COM OS JOVENS
DISCURSO DO PAPA BENTO XVI
Estádio Municipal do Pacaembu, São Paulo
Quinta-feira, 10 maio de 2007
Queridos jovens! Queridos amigos e amigas!
«Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres [...] Depois, vem e segue-me» (Mt 19,21).
1. Desejei ardentemente encontrar-me convosco nesta minha primeira viagem à América Latina. Vim para abrir a V Conferência do Episcopado Latino-americano que, por meu desejo, vai realizar-se em Aparecida, aqui no Brasil, no Santuário de Nossa Senhora. Ela nos coloca aos pés de Jesus para aprendermos suas lições sobre o Reino e impulsionar-nos a ser seus missionários, para que os povos deste "Continente da Esperança" tenham, n’Ele, vida plena.
Os vossos Bispos do Brasil, na sua Assembléia Geral do ano passado, refletiram sobre o tema da evangelização da juventude e colocaram em vossas mãos um documento. Pediram que fosse acolhido e aperfeiçoado por vós durante todo o ano. Nesta última Assembléia retomaram o assunto, enriquecido com vossa colaboração, e desejam que as reflexões feitas e as orientações propostas sirvam como incentivo e farol para vossa caminhada. As palavras do Arcebispo de São Paulo e do encarregado da Pastoral da Juventude, as quais agradeço, bem atestam o espírito que move a todos vocês.
Ontem pela tarde, ao sobrevoar o território brasileiro, pensava já neste nosso encontro no Estádio do Pacaembu, com o desejo de dar um grande abraço bem brasileiro a todos vós, e manifestar os sentimentos que levo no íntimo do coração e que, bem a propósito, o Evangelho de hoje nos quis indicar.
Sempre experimentei uma alegria muito especial nestes encontros. Lembro-me particularmente da Vigésima Jornada Mundial da Juventude, que tive a ocasião de presidir há dois anos atrás na Alemanha. Alguns dos que estão aqui também lá estiveram! É uma lembrança comovedora, pelos abundantes frutos da graça enviados pelo Senhor. E não resta a menor dúvida que o primeiro fruto, dentre muitos, que pude constatar foi o da fraternidade exemplar havida entre todos, como demonstração evidente da perene vitalidade da Igreja por todo o mundo.
2. Pois bem, caros amigos, estou certo de que hoje se renovam as mesmas impressões daquele meu encontro na Alemanha. Em 1991, o Servo de Deus o Papa João Paulo II, de venerada memória, dizia, na sua passagem pelo Mato Grosso, que os "jovens são os primeiros protagonistas do terceiro milênio [...] são vocês que vão traçar os rumos desta nova etapa da humanidade" (Discurso 16/10/1991). Hoje, sinto-me movido a fazer-lhes idêntica observação.
O Senhor aprecia, sem dúvida, vossa vivência cristã nas numerosas comunidades paroquiais e nas pequenas comunidades eclesiais, nas Universidades, Colégios e Escolas e, especialmente, nas ruas e nos ambientes de trabalho das cidades e dos campos. Trata-se, porém, de ir adiante. Nunca podemos dizer basta, pois a caridade de Deus é infinita e o Senhor nos pede, ou melhor, nos exige dilatar nossos corações para que neles caiba sempre mais amor, mais bondade, mais compreensão pelos nossos semelhantes e pelos problemas que envolvem não só a convivência humana, mas também a efetiva preservação e conservação da natureza, da qual todos fazem parte. "Nossos bosques têm mais vida": não deixeis que se apague esta chama de esperança que o vosso Hino Nacional põe em vossos lábios. A devastação ambiental da Amazônia e as ameaças à dignidade humana de suas populações requerem um maior compromisso nos mais diversos espaços de ação que a sociedade vem solicitando.
3. Hoje quero convosco refletir sobre o texto de São Mateus (19, 16-22), que acabamos de ouvir. Fala de um jovem. Ele veio correndo ao encontro de Jesus. Merece destaque a sua ânsia. Neste jovem vejo a todos vós, jovens do Brasil e da América Latina. Viestes correndo de diversas regiões deste Continente para nosso encontro. Quereis ouvir, pela voz do Papa, as palavras do próprio Jesus.
Tendes uma pergunta crucial, referida no Evangelho, a Lhe fazer. É a mesma do jovem que veio correndo ao encontro com Jesus: o que fazer para alcançar a vida eterna? Gostaria de aprofundar convosco esta pergunta. Trata-se da vida. A vida que, em vós, é exuberante e bela. O que fazer dela? Como vivê-la plenamente?
Logo entendemos, na formulação da própria pergunta, que não basta o aqui e agora, ou seja, nós não conseguimos delimitar nossa vida ao espaço e ao tempo, por mais que pretendamos estender seus horizontes. A vida os transcende. Em outras palavras, queremos viver e não morrer. Sentimos que algo nos revela que a vida é eterna e que é necessário empenhar-se para que isto aconteça. Em outras palavras, ela está em nossas mãos e depende, de algum modo, da nossa decisão.
A pergunta do Evangelho não contempla apenas o futuro. Não trata apenas de uma questão sobre o que acontecerá após a morte. Há, ao contrário, um compromisso com o presente, aqui e agora, que deve garantir autenticidade e conseqüentemente o futuro. Numa palavra, a pergunta questiona o sentido da vida. Pode por isso ser formulada assim: que devo fazer para que minha vida tenha sentido? Ou seja: como devo viver para colher plenamente os frutos da vida? Ou ainda: que devo fazer para que minha vida não transcorra inutilmente?
Jesus é o único capaz de nos dar uma resposta, porque é o único que nos pode garantir vida eterna. Por isso também é o único que consegue mostrar o sentido da vida presente e dar-lhe um conteúdo de plenitude.
4. Antes, porém, de dar sua resposta, Jesus questiona a pergunta do jovem num aspecto muito importante: por que me chamas de bom? Nesta pergunta se encontra a chave da resposta. Aquele jovem percebeu que Jesus é bom e que é mestre. Um mestre que não engana. Nós estamos aqui porque temos esta mesma convicção: Jesus é bom. Podemos não saber dar toda a razão desta percepção, mas é certo que ela nos aproxima dele e nos abre ao seu ensinamento: um mestre bom. Quem reconhece o bem é sinal que ama. E quem ama, na feliz expressão de São João, conhece Deus (cf.1Jo 4,7). O jovem do Evangelho teve uma percepção de Deus em Jesus Cristo.
Jesus nos garante que só Deus é bom. Estar aberto à bondade significa acolher Deus. Assim Ele nos convida a ver Deus em todas as coisas e em todos os acontecimentos, mesmo lá onde a maioria só vê a ausência de Deus. Vendo a beleza das criaturas e constatando a bondade presente em todas elas, é impossível não crer em Deus e não fazer uma experiência de sua presença salvífica e consoladora. Se nós conseguíssemos ver todo o bem que existe no mundo e, ainda mais, experimentar o bem que provém do próprio Deus, não cessaríamos jamais de nos aproximar dele, de O louvar e Lhe agradecer. Ele continuamente nos enche de alegria e de bens. Sua alegria é nossa força.
Mas nós não conhecemos senão de forma parcial. Para perceber o bem necessitamos de auxílios, que a Igreja nos proporciona em muitas oportunidades, principalmente pela catequese. Jesus mesmo explicita o que é bom para nós, dando-nos sua primeira catequese. «Se queres entrar na vida, observa os mandamentos» (Mt 19,17). Ele parte do conhecimento que o jovem já obteve certamente de sua família e da Sinagoga: de fato, ele conhece os mandamentos. Eles conduzem à vida, o que equivale a dizer que eles nos garantem autenticidade. São as grandes balizas a nos apontarem o caminho certo. Quem observa os mandamentos está no caminho de Deus.
Não basta conhecê-los. O testemunho vale mais que a ciência, ou seja, é a própria ciência aplicada. Não são impostos de fora, nem diminuem nossa liberdade. Pelo contrário: constituem impulsos internos vigorosos, que nos levam a agir nesta direção. Na sua base está a graça e a natureza, que não nos deixam parados. Precisamos caminhar. Somos impelidos a fazer algo para nos realizarmos a nós mesmos. Realizar-se, através da ação, na verdade, é tornar-se real. Nós somos, em grande parte, a partir de nossa juventude, o que nós queremos ser. Somos, por assim dizer, obra de nossas mãos.
5. Nesta altura volto-me, de novo, para vós, jovens, querendo ouvir também de vós a resposta do jovem do Evangelho: tudo isto tenho observado desde a minha juventude. O jovem do Evangelho era bom. Observava os mandamentos. Estava pois no caminho de Deus. Por isso Jesus fitou-o com amor. Ao reconhecer que Jesus era bom, testemunhou que também ele era bom. Tinha uma experiência da bondade e por isso, de Deus. E vós, jovens do Brasil e da América Latina? Já descobristes o que é bom? Seguis os mandamentos do Senhor? Descobristes que este é o verdadeiro e único caminho para a felicidade?
Os anos que vós estais vivendo são os anos que preparam o vosso futuro. O "amanhã" depende muito de como estais vivendo o "hoje" da juventude. Diante dos olhos, meus queridos jovens, tendes uma vida que desejamos seja longa; mas é uma só, é única: não a deixeis passar em vão, não a desperdiceis. Vivei com entusiasmo, com alegria, mas, sobretudo, com senso de responsabilidade.
Muitas vezes sentimos trepidar nossos corações de pastores, constatando a situação de nosso tempo. Ouvimos falar dos medos da juventude de hoje. Revelam-nos um enorme déficit de esperança: medo de morrer, num momento em que a vida está desabrochando e procura encontrar o próprio caminho da realização; medo de sobrar, por não descobrir o sentido da vida; e medo de ficar desconectado diante da estonteante rapidez dos acontecimentos e das comunicações. Registramos o alto índice de mortes entre os jovens, a ameaça da violência, a deplorável proliferação das drogas que sacode até a raiz mais profunda a juventude de hoje. Fala-se por isso, seguidamente, de uma juventude perdida.
Mas olhando para vós, jovens aqui presentes, que irradiais alegria e entusiasmo, assumo o olhar de Jesus: um olhar de amor e confiança, na certeza de que vós encontrastes o verdadeiro caminho. Sois jovens da Igreja. Por isso Eu vos envio para a grande missão de evangelizar os jovens e as jovens, que andam por este mundo errantes, como ovelhas sem pastor. Sede os apóstolos dos jovens. Convidai-os para que venham convosco, façam a mesma experiência de fé, de esperança e de amor; encontrem-se com Jesus, para se sentirem realmente amados, acolhidos, com plena possibilidade de realizar-se. Que também eles e elas descubram os caminhos seguros dos Mandamentos e por eles cheguem até Deus.
Podeis ser protagonistas de uma sociedade nova se procurais pôr em prática uma vivência real inspirada nos valores morais universais, mas também um empenho pessoal de formação humana e espiritual de vital importância. Um homem ou uma mulher despreparados para os desafios reais de uma correta interpretação da vida cristã do seu meio ambiente será presa fácil a todos os assaltos do materialismo e do laicismo, sempre mais atuantes em todos os níveis.
Sede homens e mulheres livres e responsáveis; fazei da família um foco irradiador de paz e de alegria; sede promotores da vida, do início ao seu natural declínio; amparai os anciãos, pois eles merecem respeito e admiração pelo bem que vos fizeram. O Papa também espera que os jovens procurem santificar seu trabalho, fazendo-o com competência técnica e com laboriosidade, para contribuir ao progresso de todos os seus irmãos e para iluminar com a luz do Verbo todas as atividades humanas (cf. Lumen Gentium, n. 36). Mas, sobretudo, o Papa espera que saibam ser protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna, cumprindo as obrigações frente ao Estado: respeitando as suas leis; não se deixando levar pelo ódio e pela violência; sendo exemplo de conduta cristã no ambiente profissional e social, distinguindo-se pela honestidade nas relações sociais e profissionais. Tenham em conta que a ambição desmedida de riqueza e de poder leva à corrupção pessoal e alheia; não existem motivos para fazer prevalecer as próprias aspirações humanas, sejam elas econômicas ou políticas, com a fraude e o engano.
Definitivamente, existe um imenso panorama de ação no qual as questões de ordem social, econômica e política ganham um particular relevo, sempre que haurirem sua fonte de inspiração no Evangelho e na Doutrina Social da Igreja. A construção de uma sociedade mais justa e solidária, reconciliada e pacífica; a contenção da violência e as iniciativas que promovam a vida plena, a ordem democrática e o bem comum e, especialmente, aquelas que visem eliminar certas discriminações existentes nas sociedades latino-americanas e não são motivo de exclusão, mas de recíproco enriquecimento.
Tende, sobretudo, um grande respeito pela instituição do Sacramento do Matrimônio. Não poderá haver verdadeira felicidade nos lares se, ao mesmo tempo, não houver fidelidade entre os esposos. O matrimônio é uma instituição de direito natural, que foi elevado por Cristo à dignidade de Sacramento; é um grande dom que Deus fez à humanidade. Respeitai-o, venerai-o. Ao mesmo tempo, Deus vos chama a respeitar-vos também no namoro e no noivado, pois a vida conjugal que, por disposição divina, está destinada aos casados é somente fonte de felicidade e de paz na medida em que souberdes fazer da castidade, dentro e fora do matrimônio, um baluarte das vossas esperanças futuras. Repito aqui para todos vós que «o eros quer nos conduzir para além de nós próprios, para Deus, mas por isso mesmo requer um caminho de ascese, renúncias, purificações e saneamentos» (Carta encl. Deus caritas est, (25/12/2005), n. 5). Em poucas palavras, requer espírito de sacrifício e de renúncia por um bem maior, que é precisamente o amor de Deus sobre todas as coisas. Procurai resistir com fortaleza às insídias do mal existente em muitos ambientes, que vos leva a uma vida dissoluta, paradoxalmente vazia, ao fazer perder o bem precioso da vossa liberdade e da vossa verdadeira felicidade. O amor verdadeiro "procurará sempre mais a felicidade do outro, preocupar-se-á cada vez mais dele, doar-se-á e desejará existir para o outro" (Ib. n. 7) e, por isso, será sempre mais fiel, indissolúvel e fecundo.
Para isso, contais com a ajuda de Jesus Cristo que, com a sua graça, fará isto possível (cf. Mt 19,26). A vida de fé e de oração vos conduzirá pelos caminhos da intimidade com Deus, e de compreensão da grandeza dos planos que Ele tem para cada um. "Por amor do reino dos céus" (ib., 12), alguns são chamados a uma entrega total e definitiva, para consagrar-se a Deus na vida religiosa, "exímio dom da graça", como foi definido pelo Concílio Vaticano II (Decr. Perfectae caritatis, n.12). Os consagrados que se entregam totalmente a Deus, sob a moção do Espírito Santo, participam na missão de Igreja, testemunhando a esperança no Reino celeste entre todos os homens. Por isso, abençôo e invoco a proteção divina a todos os religiosos que dentro da seara do Senhor se dedicam a Cristo e aos irmãos. As pessoas consagradas merecem, verdadeiramente, a gratidão da comunidade eclesial: monges e monjas, contemplativos e contemplativas, religiosos e religiosas dedicados às obras de apostolado, membros de institutos seculares e das sociedades de vida apostólica, eremitas e virgens consagradas. "A sua existência dá testemunho do amor a Cristo quando eles se encaminham pelo seu seguimento, tal como este se propõe no Evangelho e, com íntima alegria, assumem o mesmo estilo de vida que Ele escolheu para Si" (Congr. para os Inst. de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica: Instr. Partir de Cristo, n. 5). Faço votos de que, neste momento de graça e de profunda comunhão em Cristo, o Espírito Santo desperte no coração de tantos jovens um amor apaixonado no seguimento e imitação de Jesus Cristo casto, pobre e obediente, voltado completamente à glória do Pai e ao amor dos irmãos e irmãs.
6. O Evangelho nos assegura que aquele jovem, que veio correndo ao encontro de Jesus, era muito rico. Entendemos esta riqueza não apenas no plano material. A própria juventude é uma riqueza singular. É preciso descobri-la e valorizá-la. Jesus lhe deu tal valor que convidou esse jovem para participar de sua missão de salvação. Tinha todas as condições para uma grande realização e uma grande obra.
Mas o Evangelho nos refere que esse jovem se entristeceu com o convite. Foi embora abatido e triste. Este episódio nos faz refletir mais uma vez sobre a riqueza da juventude. Não se trata, em primeiro lugar, de bens materiais, mas da própria vida, com os valores inerentes à juventude. Provém de uma dupla herança: a vida, transmitida de geração em geração, em cuja origem primeira está Deus, cheio de sabedoria e de amor; e a educação que nos insere na cultura, a tal ponto que, em certo sentido, podemos dizer que somos mais filhos da cultura e por isso da fé, do que da natureza. Da vida brota a liberdade que, sobretudo nesta fase se manifesta como responsabilidade. E o grande momento da decisão, numa dupla opção: uma quanto ao estado de vida e outra quanto à profissão. Responde à questão: que fazer com a vida?
Em outras palavras, a juventude se afigura como uma riqueza porque leva à descoberta da vida como um dom e como uma tarefa. O jovem do Evangelho percebeu a riqueza de sua juventude. Foi até Jesus, o Bom Mestre, para buscar uma orientação. Mas na hora da grande opção não teve coragem de apostar tudo em Jesus Cristo. Conseqüentemente saiu dali triste e abatido. É o que acontece todas as vezes que nossas decisões fraquejam e se tornam mesquinhas e interesseiras. Sentiu que faltou generosidade, o que não lhe permitiu uma realização plena. Fechou-se sobre sua riqueza, tornando-a egoísta.
Jesus ressentiu-se com a tristeza e a mesquinhez do jovem que o viera procurar. Os Apóstolos, como todos e todas vós hoje, preenchem esta lacuna deixada por aquele jovem que se retirou triste e abatido. Eles e nós estamos alegres porque sabemos em quem acreditamos (2 Tim 1,12). Sabemos e testemunhamos com nossa própria vida que só Ele tem palavras de vida eterna (Jo 6,68). Por isso, com São Paulo, podemos exclamar: alegrai-vos sempre no Senhor (Fil 4,4).
7. Meu apelo de hoje, a vós jovens, que viestes a este encontro, é que não desperdiceis vossa juventude. Não tenteis fugir dela. Vivei-a intensamente. Consagrai-a aos elevados ideais da fé e da solidariedade humana.
Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem. A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã. Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada.
Queridos jovens, Cristo vos chama a serem santos. Ele mesmo vos convoca e quer andar convosco, para animar com Seu espírito os passos do Brasil neste início do terceiro milênio da era cristã. Peço à Senhora Aparecida que vos conduza, com seu auxílio materno e vos acompanhe ao longo da vida.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Papa envia famílias para a missão!
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
26 anos de Jornadas Mundiais da Juventude
Seguem dois vídeos bem legais que contam a história das Jornadas Mundiais da Juventude. Vale a Pena conferir!
http://www.netforgod.tv/VOD/index.html
http://www.youtube.com/watch?v=gxOTpuQe6M4&feature=youtu.be
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Olé!
Mais informações pelo e-mail: portoalegre.jmjmadri@gmail.com
A paz!
Quem somos?
Este blog está sendo criado com o intuito de mostrar o grupo de peregrinos do Caminho Neocatecumenal que está se preparando para ir à Jornada Mundial da Juventude em agosto de 2011 em Madri. Neste evento estara presente Sua Santidade o Papa Bento XVI. Mas quem somos?
Vamos colocar uma foto, mas nosso grupo é beeem maior e aos poucos todos vão sendo conhecidos!
Férias
Estamos todos podendo aproveitar dias de descanso. Mas não podemos parar totalmente! Agosto se aproxima cada vez mais e os grandes dias da Jornada Mundial da Juventude em Madri. Detalhes muito importantes devem começar a ser providenciados: passaporte, renovação de passaporte, vacinas, etc.. etc.. Mas não se pode esquecer que a principal preparação é a espiritual. Para tanto estamos disponibilizando aqui no blog a mensagem do Papa Bento XVI para a JMJ 2010. Mesmo já tendo lido é sempre bom reler, ter novo vigor!!
Si vamos a Madri!
http://www.zenit.org/article-26016?l=portuguese